segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Karatê Kid

Caro leitor, vamos aos comentários...
1º Hoje foi o segundo dia de treinamento. Vamos ver como vai ser a minha prova. Eu quero muito ficar. To gostando do negócio aqui!
2º Encontrei com Gisele e Andressa no ponto de ônibus perto do Guanabara pra irmos ao shopping.
3º A fila do cinema estava gigante. Claro que fomos para a fila de deficiente, mas não mudou muita coisa, por que também estava grande. Um vizinho nosso, estava na outra fila, já a uma hora, foi perguntar por que estávamos na fila de deficiente. Eu disse a ele que sempre entravamos lá e dizíamos que a Andressa estava grávida. Como ele foi atendido primeiro que a gente, compramos nossos ingressos junto com os dele. A namorada dele me perguntou se eu era o menino que tinha sido atropelado. Agora vocês vejam só... As pessoas se referindo a mim como “o neguinho que foi atropelado na Espanha”.
4º Depois que compramos os ingressos, fomos lanchar no Habibs. Depois de termos feito o pedido, ficamos esperando 1 hora e 30 minutos e o pedido não chegava. Andressa chamou o gerente e disse que estávamos indo embora. Ele disse que o refrigerante (a única coisa que tinha chegado) era por conta da casa. Mas ainda que não fosse por conta da casa, eu não ia pagar. Fomos comer baguete no Extra. Muito tempo que não comia um. Continua ótimo.
5º Karatê Kid estava lotado. Compramos ingresso para “5 Vezes Favela” e pulamos de sala. Quase que não conseguimos. Gisele ficou com medo na metade do caminho e entrou no banheiro. Tive que ir até lá buscá-la e quando voltei pra sala, Andressa estava contando ao funcionário que estávamos pulando. Tive que da um papo no funcionário e ele acabou deixando, mas disse que tínhamos que sentar no chão e não fechar o caminho. Claro que sentamos na poltrona, mesmo por que, tinha um monte de lugares livre! Essa história de lotação é o maior caô do Kinoplex. Ah sim, adorei o filme! Como gritávamos!
Volte sempre... Até!
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Comentário da Foto: Estava extremamente preocupado e desgostoso com essa história de reviver um dos maiores clássicos do cinema que foi “Karate Kid” comJackie Chan e Jaden Smith. Mas se tem uma coisa que eu não tenho vergonha e nem receio é de reconhecer quando um trabalho é bem feito e, realmente, a nova “versão” têm seus méritos e consegue divertir sem ofender muito o filme original de 1984.

Na trama conhecemos Dre Parker (Jaden Smith) um garoto que se muda com a mãe para a china, lá ele acaba sendo alvo de uns valentões locais dos quais constantemente toma porrada. Ele então conhece um sujeito (Jackie Chan) disposto a ensiná-lo a lutar para um torneio com métodos digamos “diferenciados”.

Troque a cidade e inclua Daniel ‘San’ Larusso e Sr. Miyagi no lugar do jovem Dre e do zelador Sr. Han, mude a arte marcial de Kung Fu para Karatê e veremos que trata-se da mesma coisa, ou seja, a essência é idêntica. Aliás, essa história de manter Karatê no título de um filme que mostra Kung Fu é forçar a barra demais.

O que mais me preocupava de fato era ver Jackie Chan destruindo o inesquecível e icônico personagem de Pat Morita. Apesar de “no frigir dos ovos” (outra expressão que sempre quis utilizar) caber a Chan o mesmo papel, o de instrutor com métodos não muito convencionais, ele não procura ser (e de fato não é) o Sr. Miyagi e isso contribui muito.

Já Jaden Smith mostra que tem muito do sangue de seu pai (Will Smith) nas veias. Ele consegue ser engraçado e mostrar desenvoltura nas cenas de forma impressionante. Muita gente (me coloque neste bolo) torceu o nariz para o garoto mas ele não decepciona. Na ala feminina temos Taraji P. Henson (a mãe de Dre) e Wenwen Han (a chinesinha interesse romântico do menino) fazendo bons papéis também.

O namorico do jovem Dre com a simpática chinesinha (apesar daquela cabeça grande não sei como mas arrumaram uma chinesa muito bonitinha) é mais trabalhado aqui, assim como suas motivações e persistência nos treinamentos. Isso tudo acarreta numa duração mais alongada do que o original. O problema é que acabou dando menos ênfase e importância ao torneio, que foi melhor trabalhado no filme de 1984.

Se você for um daqueles ranzinzas que nunca dão o braço a torcer ou ainda daqueles que acredita que os filmes clássicos são os únicos que valem a pena serem assistidos e todas novas produções são apenas lixos mercadológicos atuais, não terá como gostar do novo “Karate Kid”. Fui ao cinema, tinha sérias restrições a respeito deste ‘remake’ mas fui surpreendido com um belo trabalho, divertido e engraçado na medida certa, com uma trilha sonora excelente e boas atuações.

Abra seu coração e vá ao cinema sem medo de se divertir com um trabalho que nada mais é que uma nova roupagem, atualizada e bem produzida, de um clássico que pode ser apresentado para essa garotada que não nasceu em nossa época. Mesmo sabendo que o original tem seu lugar guardado dentro do meu peito, reconheço que estava errado e admito que trata-se mesmo de um bom filme.

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