quinta-feira, 7 de junho de 2012

A.I. Inteligência Artificial

Caro leitor, vamos aos comentários...

Eu sempre pensei que a vida fosse muito curta. Hoje eu parei pra analisar se é realmente curta.

Por mais que eu saiba que tais pensamentos jamais deveriam passar na minha mente, às vezes eu penso que quando eu morrer será bom.

Eu tenho a plena certeza de que não vivemos só isso aqui. Viver é um milagre tão magnifico que não teria sentido viver pra morrer e não mais existir.

Ao mesmo tempo eu penso em como a vida é frágil. A qualquer momento eu posso fechar os olhos e morrer.

Victor já chegou do hospital. Aline dormiu aqui em casa hoje e junto com Andressa, conversamos horas a respeito da vida e da morte. Andressa pediu pra colocarmos meia no pé dela em seu enterro, caso ela morra primeiro que a gente.

Aline perguntou como eu estava e eu dei uma resposta muito certa. Oscilando. Tem horas que parece que eu nunca mais vou voltar a sorrir, já em outras horas parece que a felicidade está quase chegando na minha porta, mas antes de bater, aparece alguém e indica a direção errada.

Eu sempre gostei de ter lembranças do passado, mas até pouco tempo, não tinha lembranças que me causavam dor. No primeiro período da faculdade, eu aprendi o que era produto tangível e intangível. As atuais lembranças que me perseguem, tratam-se de um produto intangível, do qual eu não posso tocar, me impossibilitando de jogar na bolsa do lixo e colocar em frente o portão da minha casa para que o lixeiro leve no dia seguinte.

Hoje eu assisti um dos meus filmes preferidos. AI – Inteligência Artificial. Eu desejei ter nascido no futuro. Eu não sei se o mundo terá um futuro, tão pouco se ele será melhor que o nosso presente, mas fiquei curioso e não posso negar que a idéia me atraiu. Ter vivido no passado, talvez na época da pré-história também seria uma boa.

O que eu sei é que não está sendo bom viver no presente. O meu passado foi muito bom, só espero que meu futuro seja feliz como o meu passado e não infeliz como o meu presente.

Volte sempre... Até!

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Comentário da Foto: No futuro, onde parte do planeta foi inundada pela elevação do nível dos mares e andróides convivem com os seres humanos, uma equipe de cientistas de uma empresa chamada Cybertronics criam um robô em forma de criança que foi programado para amar seus pais eternamente.

Na iminência de perder o único filho, doente e em estado vegetativo, o casal Harry e Monica Swinton adota o primeiro desses andróides. Após a resistência inicial, a mãe ativa os comandos que dotarão o robô de sentimento que farão que este reconheça Monica como sua mãe e ame-a para sempre. Ocorre, entretanto, que o filho verdadeiro recupera-se e, num acidente no qual David não tem culpa, é acusado de ser uma ameaça.

Monica, para que o pequeno não seja destruído pela Cybertronics, abandona-o numa floresta junto com Teddy, um pequeno urso de pelúcia que pertencia ao filho de Monica (este urso também foi programado para raciocinar autonomamente). Na floresta, David e Teddy são separados com um despejo de fragmentos de robôs, destruídos nas feiras de carne, organizadas pelas pessoas para destruir essas máquinas, pensando que estas vão dominar o planeta e ultrapassar a inteligência humana.

Neste momento, David e Teddy encontram Joe, uma máquina em forma deadolescente, bastante musculoso, programada para se prostituir. Joe fôra enviado para a feira de carne, por ser acusado de ter matado uma mulher humana; porém este consegue escapar intacto.

Na sua fuga, Joe, ao encontrar David e Teddy (estes também estão fugindo da feira), passam a ser bastante amigos. Joe passa a acompanhar David e Teddy em todas as suas aventuras, principalmente no sonho deste em tornar-se uma criança humana.

Os três partem para a Cidade Vermelha, um local completamente dominado pela alta tecnologia, onde fabricaram Joe. Aí eles vão ao Dr. Saber, um supercomputador, equipado com fala e que responde a tudo que alguém queira saber. Porém, para que o programa se ative é necessário introduzir algum dinheiro, que se vai gastando à medida que o programa é usado. Dele obtém a informação de que um ser inanimado ganha a vida pela Fada Azul, da história Pinóquio de Carlo Collodi.

Collodi e Pinóquio, inspiração para A.I.

Perseguidos, refugiam-se dentro do transporte voador, com destino ao Fim do Mundo, que é o modo que as pessoas chamam Manhattan no futuro. Chegado a Manhattan (que agora é uma cidade-fantasma), David encontra uma cópia fiel sua, que lhe afirma ser verdadeiro. David, pensando estar diante do seu protótipo, atira-o ao chão e pontepeia-lhe a cara, conseguindo-o destruir. Logo então descobre que não passava duma máquina igual a ele. Aparece o Professor Hobby, que o acalma, explicando que é necessário fabricar mais máquinas como ele e, que não é possível que ele se torne numa criança de verdade.

Como fora programado para amar eternamente sua mãe, Monica, e vendo que não tem como voltar para ela, David vai até o parapeito do prédio e se joga, em uma tentativa de suícido. Quando o corpo de David afunda no oceano, ele vê a imagem da Fada Azul diante dele. Na verdade, aquela era uma estátua de um parque de diversões cujo o tema era, coincidentemente, Pinóquio. Joe vê o acontecimento e mergulha com o helicóptero e salva David, levando-o para cima. David conta a Joe e Teddy o que viu, e diz que precisa retornar as profundezas do oceano.

Neste exato momento a polícia aparece e apreende Joe, mas antes de ser levado aperta um botão que faz o helicóptero submergir em encontro com o parque de diversões novamente, com David e Teddy dentro. Alguns cabos de aço se partem na viagem até o parque, derrubando uma roda-gigante em cima do helicóptero e deixando David preso junto a Fada Azul, pedindo a ela que transforme-o em um garoto de verdade.

Aguardando a manifestação da Fada, o tempo passa, sem que nada ocorra. Depois de 2000 anos toda a água converteu-se em gelo, numa nova glaciação. Com isso, todos os humanos biológicos morreram e apenas as máquinas sobreviveram. Tais máquinas usam sua inteligência para irem se reconstruindo, até assumirem formas super-inteligentes, dotadas de grande conhecimento.

Tais robôs então iniciam grandes escavações arqueológicas em busca de seres-humanos que ficaram presos no gelo, e assim, acabam encontrando David e Teddy. Reanimados, os robôs leêm a mente de David e reconstroem sua casa. Lá, um robô que assume a forma da Fada Azul informa a David que muito tempo se passou, e que Monica não está mais viva. Porém, é explicado que é possível ressuscitar pessoas do passado usando uma avançada técnica de reconstrução corporal, mas para isso é preciso um fragmento de DNA da pessoa. Assim, usando uma mecha de cabelo de Monica que Teddy guardara quando David acidentalmente cortou o cabelo dela, os robôs trazem de volta a vida a mãe de David.

Antes de reencontrá-la, porém, é explicado a David que Monica só viverá por um único dia. Acontece que quando o caminho espaço-tempo de um indivíduo é novamente usado (neste caso havia sido usado para trazer os traços de memória e personalidade de Monica), o caminho não pode ser novamente reutilizado. Assim, os ressurectos, ao dormirem na noite de seu primeiro novo dia de vida, voltam a morrer, e sua existência desaparece para sempre.

Assim, David aproveita o único dia de vida de Monica da melhor maneira que pode. Eles brincam e fazem um bolo juntos. No fim do dia, Monica deita em sua cama. Naquele momento, sua existência começa a desaparecer, mas antes de morrer, Monica diz a David que o ama, sendo aquele o momento eterno que David tanto esperou. Monica morre e, vendo que não há mais motivo para continuar vivendo, David decide partir também. Ele se deita ao lado de Monica e une sua mão a dela. Ao fechar seus olhos, David também morre, partindo junto com Monica para o lugar onde nascem os sonhos.

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